quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Transexualismo - entenda o que é

Revelações e Imagens de Ariadna Antes do BBB 11

A televisão brasileira tem mostrado ao longo 
de sua existência a grande capacidade de quebrar 
tabus. Seja em novelas, séries, filmes, jornais ou, 
até mesmo, em programas de entretenimento.
Os telespectadores passaram a assistir,
tolerar e, em seguida, amar o que é transmitido. 
E foi assim com o surgimento do “Big Brother
 Brasil”. A resistência era grande no início, mas
o programa alcançou tanta popularidade que já 
está em sua 11ª edição.
Brigas, confusões, sexo, traições... Isso tudo 
o programa exibiu em seus 10 anos, porém ainda
 faltava um personagem nessa história toda, 
que poderia causar muita polêmica. E foi
exatamente isso que o diretor J. B. Oliveira,
o Boninho, trouxe em 2011. Ariadna, uma 
transexual de tirar o fôlego, foi escalada
para ser a “protagonista” do “BBB 11”. 
Ela era a grande aposta do programa!
Mas, como todos nós sabemos, o 
público eliminou a cabeleireira logo na 
primeiro “Paredão”. Até que Ariadna conseguiu 
“causar” em uma semana dentro da casa
 mais vigiada do Brasil. Primeiramente, a
 morena optou por não contar aos outros 
participantes sobre a mudança de sexo e
 mostrou seu jeito atirado para todos os 
homens da casa, distribuindo selinhos e abraços.
Em seguida, a sister revelou que foi garota 
de programa na Itália. Chorou copiosamente
 no colo das outras meninas do “BBB 11” e disse
 que não quer voltar mais para essa vida. 
Além disso, ela contou diversas vezes da maneira
 como era tratada pela família. A mãe e o pai 
da moça a colocaram para fora de casa aos 14 
anos devido à sua opção sexual, mas essa 
parte ela não revelou para confinados.
Mas afinal, um história de vida sofrida não
 é o ingrediente para ser campeão do programa? 
Poderia até ser, mas se Ariadna não tivesse 
escondido dos brothers sobre sua transexualidade? 
Será que foi isso que a tirou do “BBB 11”? Ou foi 
preconceito do público?
O transexualismo se caracteriza por a pessoa 
não aceitar o seu sexo genético/biológico/
anatômico, se sentindo como pertencente 
ao outro sexo. Nem todo o transexual 
é homossexual (lembrando que ser homosexual 
significa ter desejo sexual por pessoas do mesmo 
sexo) e há muitos transexuais que inclusive, 
não tem vida sexual alguma, até porque os 
aspectos relativos a sua sexualidade 
causam muito desconforto emocional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 

o transexualismo ou transtorno de 
identidade de gênero é definido como:
"Um desejo de viver e ser aceito como um 
membro do sexo oposto, usualmente acompanhado 
por uma sensação de desconforto ou impropriedade 
de seu próprio sexo anatômico e um desejo de se submeter a tratamento hormonal e cirurgia para tornar seu corpo tão congruente quanto possível 
com o sexo preferido.
Para que esse diagnóstico seja feito, a 
identidade transexual deve ter estado 
presente persistentemente por pelo menos 
2 anos e não deve ser um sintoma de um outro transtorno mental, tal como esquizofrenia,
 nem estar associada a qualquer anormalidade intersexual, genética ou do cromossomo 
sexual."
Uma vez confirmada a condição de transexualismo 
a lei assegura a pessoa a possibilidade de, 
se ela assim desejar, fazer a cirurgia chamada 
cirurgia de transgenitalização ou de redesignação 
sexual. No Brasil a cirurgia é realizada 
exclusivamente em hospitais universitários 
ou públicos, para fins de pesquisa e de forma
 gratuita, em maiores de 21 anos, que já tem 
ao menos 2 anos de vivência como o sexo 
oposto e com acompanhamento psicológico 
durante todo processo.
Além de todas as questões biológicas a serem 

enfrentadas, a pessoa que é transexual tem 
ainda que lidar com a mais dura de 
todas as provas: o preconceito da sociedade. 
Ninguém "escolhe" ser transexual, assim 
como ninguém escolhe ser homosexual ou 
heterosexual. Não é uma questão de escolha
 ou doença a ser curada. É uma condição 
onde o corpo físico não é compatível com 
a identidade daquele indivíduo, questão 
esta que pode ser solucionada, ao menos 
em parte, com as técnicas cirúrgicas 
e de reposição hormonal que são aperfeiçoadas 
a cada dia.
Mas mais que a ciência avançar, 
nós, seres humanos, precisamos evoluir.
Evoluir para aceitar o diferente, para 

aprendermos a nos colocar no lugar do 
outro (já imaginou por quanto sofrimento 
estas moças já passaram por terem 
nascido com o "sexo trocado"?), 
para não julgar sem conhecer.
Pense nisto o mundo só melhora quando

 nós mesmas somos parte da mudança.

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